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UN HÓSPEDE NA CASA DO ESQUILO VERMELHO 

Quando o sol nasceu e começou a secar a chuva da noite sobre as plantas do campo, o pequeno Rato dos Campos saiu de sua toca e tentou aquecer-se sob o sol da manhã. Sua toca, próxima da borda do campo, estivera fria e úmida durante as tempestades noturnas, então ele estava todo úmido e arrepiado.

Enquanto isso, um velho Rato cinzento descia de uma árvore na borda do campo e fazia seu caminho de volta para sua própria toca úmida. O velho Rato estava seco, feliz e assobiava uma melodia, e o jovem Rato assistia surpreso a tal cena.

O jovem Rato correu na direção do velho Rato e perguntou: “Você passou a noite numa árvore?”

O velho Rato balançou a cabeça afirmativamente. “Sim, eu passei a noite como hóspede no ninho do Esquilo Vermelho lá na árvore, refestelando-me com sementes e nozes. Tenho de admitir que a casinha quentinha dele, no buraco da árvore, é muito melhor do que nossas tocas úmidas.”

O jovem Rato ainda estava arrepiado enquanto caminhava ao lado de seu vizinho seco. “Mas o Esquilo Vermelho é egoísta com sua comida e é um rabugento. Ele nunca me convida para ir ao ninho dele. Por que ele convidaria você?”

O velho Rato parou e encarou o úmido jovem Rato. “Eu levo muitas sementes e nozes comigo quando eu visito alguém. Você conseguiria muito mais convites para visitar os lares aquecidos dos outros se você não comesse toda a comida deles, ou se você levasse consigo duas vezes mais comida do que você planeja comer.  Um hóspede generoso é sempre bem-vindo na casa dos outros.”

(Hávamál Estrofe 67)

Tradução e versão: Janaina O. Luna
Kindred Sudris Oðir Hrafnar
São Paulo, Brasil. Contato:
mane_maane@yahoo.com

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